sábado, 11 de outubro de 2014

Como está sua conta corrente emocional?

Existe um conceito chamado de conta emocional ou coeficiente emocional, que vou expor abaixo para que você possa refletir se ele tem alguma utilidade para você.

Um relacionamento a dois possui uma dinâmica de trocas constante entre os dois envolvidos. Essas trocas são geralmente atos ou palavras, que são dados de um ao outro e que alteram o estado emocional de ambos, principalmente daquele que está recebendo. 

Por sua vez, o receptor é impelido a retribuir.

Uma palavras de afeto, de carinho, de amizade, vai contribuindo para o crescimento do crédito positivo da conta emocional relacional. Infelizmente, nem sempre ocorre um depósito nessa conta. Há momentos em que ocorrem retiradas.

Algumas retiradas das quais me lembro agora são agressões físicas, psicológicas ou verbais. Cobrança demasiada ou indevida de supostos deveres ou atividades, principalmente da que não se quer fazer mas quer que o outro faça. Falta de paciência para prestar atenção ao que o outro fala, aos seus anseios e ao que está acontecendo com o parceiro fora do lar.

Nessa conta corrente emocional, tudo bem se em alguns momentos ela estiver negativa, no vermelho. O problema começa a tomar vulto a medida em que a conta fica cada vez mais negativa.
Eu disse que cobrança de atividades era um ponto negativo, isso se não houver uma atitude de liderança por parte daquele que deseja liderar. A atitude de líder é aquela de servir primeiro sem exigir nada em troca, de forma que o sentimento de reciprocidade faça com que o outro também queira te servir, mais ou menos como diz o livro “O monge e o Executivo”.

Filosofia Real

Imagine uma relação que esteja tão no vermelho, que o casal não realize depósitos positivos a muito tempo e que a comunicação se resuma a cobranças ou reclamações. O destino esperado dessa relação será a falta de diálogo para evitar mais discussões, intercaladas com palavrório acalorado, culminando com o fim do relacionamento ou, se existirem motivos com importância maior para “prender” esse casal, seu destino será uma vida confusa vivida por dois estranhos ou inimigos, que dormem juntos.

Apesar de tudo isso ser muito obvio, a tendência de alguém numa relação assim, principalmente por parte daquele que mais débitos cria, é de não entender a sua decisiva participação como causador ou co-causador da ruína de seu relacionamento. Por padrão, cobra-se do outro a culpa que é dele.
O “gastador”, não entende como o seu parceiro não realiza as tarefas que ele “ordena”, sem ter adicionado o mínimo de crédito emocional a sua conta, sem ter pago nada em troca.

Um último ponto a se atentar, é que, embora a conta seja mesmo relacional, cada um dos parceiros possui a sua própria conta e realiza automaticamente seus próprios cálculos, conforme suas forças e capacidades de suportar e conforme se considere mais ou menos vítima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário