quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Lições da Vida


Quais lições podemos tirar das situações da vida?




Pensando hoje sobre isso, algumas ideias vieram à cabeça.
A primeira é que quanto mais insolúvel o problema maior a lição que ele proporciona.
A segunda, é que qualquer que seja o problema, não devemos olhar apenas por um ângulo, nem analisar apenas uma solução, pois corremos o risco de não nos permitir escolher o melhor, e o melhor, nem sempre seria o socialmente mais adequado.

Basta lembrarmos que as mudanças sociais só ocorreram e ainda ocorrerão, devido a pessoas que ousaram mudar.

Não vou discorrer sobre o certo e o errado aqui, talvez sejamos míopes demais para conseguir enxergar o que é certo enquanto estamos dentro do problema, ainda assim, devemos aprender alguma coisa com a situação para que ela não tenha sido em vão, e para que a situação não represente apenas uma catástrofe em nossa vida. Busquemos significado em todas as situações profundas pelas quais tenhamos que passar.

Em alguns momentos, acreditamos que a resposta correta, é seguir o social, o que a sociedade espera de nós, mas já imaginou se for o contrário disso? Se o Universo espera de nós que ao invés de seguir a manada, acordemos e nos tornemos os donos dos nossos destinos? Realmente, é impossível saber o que é o correto, por isso, até com os fracassos devemos tentar enxergar os pontos de aprendizado.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Substância Primordial


O ser humano individualmente não se torna humano, somos seres sociais, fruto de nossas relações com o meio e as pessoas, algo muito falado entre diversos filósofos e que eu acredito, realmente.

Dessa iteração, surge o progresso, advindo da mudança. Como substâncias colocadas juntas, tendemos a nos misturar e a absorver algo do outro em nossas entranhas, nos transformando de maneira irreversível, queiramos ou não, saibamos ou não, assim como nós, por nossa vez, transformamos aqueles que estão em contado conosco e, quanto mais direto seja essa contato, mais transformamos essas pessoas.

Entendendo que a mudança é inevitável, pensemos nos pontos positivos da mesma. Se hoje somos o que somos, isso se deve ao que absorvemos das milhares de pessoas que cruzaram nossos caminhos, e principalmente daqueles com quem mais convivemos, dos livros que lemos, dos filmes que vimos, das informações e obtivemos.

Além das informações, também fomos tocados (transformados) por sentimentos, e possivelmente, muito mais transformados por sentimentos que foram despertados a partir de ações de outras pessoas.


A importância do outro em nosso auto descobrimento.

Um aspecto muito relevante a se levar em conta é o papel revelador que o outro tem em nossa vida. Quando conversamos com o outro, somos forçados a ordenar nossos pensamentos de forma a aprendermos e identificarmos o que sabemos e o que acreditamos, claro, quando existe uma conversa que não fique apenas na superfície.

Algumas iterações que se aprofundam, também nos auxiliam a perceber aspectos ocultos de nossa personalidade, positivos ou negativos, mesmo as sombras Freudianas, que intentamos esconder de nós mesmos, nosso lado mais sombrio.

Quanto mais fundo uma relação te fizer se conhecer, inclusive suas sombras, mais rica ela será.


Raridade das boas relações.

Existem relações onde você apenas ouve, algumas que são apenas mecânicas, do dia a dia, e outras onde você fala e ensina e outras onde você aprende. Talvez existam diversas gradações.

Geralmente as relações não vão além da troca de recados, de coisas a fazer, de trabalhos a se concluir, de visitas sociais.

“Encontra alguém com quem se pode conversar é tão raro... Geralmente as pessoas só falam.” Clarisse Lispector

Ao falar sobre o que pensa, você cresce, à medida que te ajuda a se conhecer e conhecer o que você pensa, mas se quer crescer além do que você é, é importante que se relacione com pessoas que podem trazer algo novo.

Quero te fazer um convite. Pense nas seis pessoas com quem você mais convive.

Sobre essas relações, quais são aquelas que te ajudam a crescer, onde você além de instrutor é também aluno, onde além de ensinar, você aprender, onde você cresce e fica mais rico em algum sentido.
Agora, deixe seu comentário, me diga o quão raras elas são e, se não forem raras para você, aproveite pois as coisas mudam, as pessoas mudam, as pessoas se mudam e elas podem se tornar raras.

Sobre a falta de padrão.

As pessoas socioculturalmente mais desconexas são muitas vezes aquelas que possuem o maior conteúdo, veja Espinosa e Nietzsche, por exemplo, ousando falar sobre uma moral diferente da moral vigente, a quebrar paradigmas.


Pessoas, ou coisas?

Quando olhamos para pessoas e enxergamos padrões, não estamos olhando para pessoas, estamos olhando para coisas, numa relação eu-isso (Martin Buber), que embora seja necessária não deveria ser preponderante entre seres humanos.