quarta-feira, 25 de março de 2015

O homem é o lobo do próprio homem


O ser humano é tão ruim, quanto mais instruído e astuto ele é pior ele fica. Quanto mais ignorante e simplista e subserviente melhor ele parece ser.

Será que o mal é padrão de todos e só espera a oportunidade para tomar conta, como na história do Anel de Giges?

Quanto mais o homem adquire conhecimento de si e do outro mais insubordinado se torna, menos enganável se torna mas também se torna menos maleável ao próprio  bem, pois já viu o mal disfarçado de bem inúmeras vezes.

Questiona-se se o bem verdadeiro existe ou se é simples ignorância da própria natureza íntima ou da natureza humana.

“O homem é o lobo do próprio homem.” Thomas Hobbes

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Afinal, o que é bom humor? O que não é bom humor?

Procurando informações sobre o humor, mais especificamente ser bem humorado,  identifiquei inúmeras receitas de bom humor relacionadas ao condicionamento interno de aceitação da própria vida, do trabalho, do amor, etc. Relacionam o humor a felicidade.

Se estiverem certos, podemos falar que o “bom humor” sarcástico que impera em nossos dias não é o bom humor verdadeiro, fruto de uma mente sadia, e sim uma manifestação doentia da própria insatisfação.



Vejo inúmeras pessoas insatisfeitas com a própria vida e bem humoradas que se divertem com a própria inveja ao apontarem defeitos alheios (que na verdade são virtudes), como um trabalho extremamente bem feito.


Vejo entre os mais bem humorados indivíduos sarcásticos que se deleitam em denegrir a imagem alheia, mesmo que por brincadeira, mesmo na presença da vítima. Indivíduos que não arredam o pé em causar pequenas contrariedades em nome do bom humor, no dizer popular, “perdem um amigo mas não perdem a piada”.

Humor de aparência.

Recentemente vi um discurso da senadora Ideli Salvatii, não sei como ela é, mas ela falava dos piores políticos presentes no senado, afirmava que quanto mais corrupto mais bem humorado, mais amigos, mais risadas e favores, o que me lembra das primeiras partes do livro “A República” de Platão, em que uma dupla de irmãos, Glauco e Adimanto, filhos de Aríston, discursaram em favor da injustiça, defendendo a aparência e seus benefícios, de tal forma que seria mesmo necessário um Sócrates para esclarecer aquelas mentes. A história vem se repetindo.

Humor escarnecedor.

Me lembro dos tempos de criança em que embarcava nessa onda. A diversão entre os meninos era escarnecer de seus amigos, rirem-se mutuamente uns dos outros. Sei que isso para muitos adultos parece ser algo saudável e normal. É mesmo normal, mas não diria que saudável pois nada que se afaste da virtude é saudável, “a boca fala daquilo que está cheio o nosso coração”, se nos enchemos de virtude sairá virtude de nossa boca. Mostra-nos o estado de evolução em que se encontra a nossa sociedade, embora melhor que no passado, ainda atrasada.

Estudarei melhor o assunto, mas atualmente me parece que bom humor se restringe a encenação para auferir favores ou a se juntar a um grupo para escarnecer alguém ou alguma coisa, sejam personagens fictícios ou verdadeiros, da vida real ou de filmes e novelas.

Existe bom humor?

Pessoas notáveis como Sócrates, Gandhi, Madre Tereza e nosso eleito maior brasileiro de todos os tempos, o Chico Xavier, eram pessoas bem humoradas embora não sarcásticas. No caso de Chico Xavier lembro-me dele contando casos engraçados de si mesmo, divertindo assim os outros sem agredir a ninguém.
Se fosse necessário retroceder em minha ética para me tornar bem humorado seria sempre sisudo. Vamos lá...

O que não é bom humor.

Finalizo a questão sem lhe dar uma resposta, definitivamente não sei o que é bom humor, mas já sei o que não o é. Para ser bom tem que ser bom para todos e refletir a virtude. Uma piada que faz nove rirem e um chorar não é boa para esse um. O que encontramos no dia-a-dia como bom humor deveria se chamar mau humor por ser diferente de bom.

Observações: Esse é um texto da minha fase misantrópica. Sim, fases fazem parte do meu progresso, como uma espiral.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Nossa evolução também surge da nossa aparente fraqueza.


Toda evolução física das espécies surgem biologicamente de anomalias genéticas, de alterações que tornariam o indivíduo inadequado ao seu grupo.

As primeiras aves, derivadas dos dinossauros, não voavam, elas pulavam de uma árvore até outra e planavam como fazem os atuais esquilos voadores que utilizam sua pele como paraquedas. Quando, porém, imaginamos que uma dessas aves (dinossauros) nasceu com ossos frágeis e ocos (osso pneumático), e que essa fraqueza foi um dos fatores que permitiu que a realização do voo se tornasse factível, deixamos de enxergar essa mudança como uma fraqueza.



segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

As Convicções Humanas São Tão Efêmeras Quanto à Posição Dos Continentes


A vontade de escrever não escolhe horários.

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As convicções humanas são tão efêmeras quanto à posição dos continentes. Quando observados por períodos relativamente curtos os continentes parecem fortes e invencíveis, mas estão em constante movimentação e transformação.

Outrora, toda terra na superfície formava um único continente que pouco a pouco se rachou. As convicções humanas pouco a pouco vão se transformando.

Conceitos aceitos por milênios se transformam, como o geocentrismo defendido pelo magnânimo Aristóteles foi derrubado pelo heliocentrísmo de Copérnico.

Todos os dias pessoas se levantam de suas cadeiras batendo no peito e exclamando suas verdades para a plateia, você pode estar fazendo isso agora e eu também, e isso é bom, pois precisamos de direção para dar suporte a nossa vida, mas lembre-se sempre que nem os continentes se sustentam. Os continente são finas camadas de rochas solidificadas, poeira e matéria orgânica acumulada sobre imensa camada de magma e metal derretido, se movendo incessantemente.

Sem convicções, o que seria de nós humanos, única espécie no planeta a entender sua perenidade e finitude. Precisamos de convicções, são elas que nos movem e nos mantém vivos, nos propicia a cultura e as ideologias e perpetuam nossa evolução intelectual, pois as convicções também evoluem, abandonamos uma para ficar com outra e a seleção natural se encarrega do resto.

Não creio que haverá convicção imutável além daquela que foi abandonada.

"Tudo flui, nada persiste nem permanece o mesmo"
Heráclito de Efeso


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Mais uma vez escrevo um texto que não se assemelha a um passeio no jardim, se trata de uma tempestade cerebral.