quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Pensamento de Espinoza- prof. João Luiz Muzinatti

Café Filosófico com o prof. João Luiz Muzinatti sobre O Pensamento de Espinoza Algumas ideias do vídeo que parece que existem.

  • Somos modos (modificações) da natureza
  • Somos afetados por todos com quem nos relacionamos
  • Encontros bons aumentam nosso instinto de vida.
  • Não existe liberdade.
  • Criar uma forma própria de viver.
  • Criar a própria vida é a maior forma de liberdade.
  • Se tornar causa de sua própria natureza
O autor disse que não dá para ser o mesmo depois de ler Espinoza.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Autoconhecimento pela música


A espontaneidade musical que se nota no próprio cantarolar é uma expressão do desejo do subconsciente.
A música nos ajuda a expressar o sentimento que o nosso consciente não é capaz de traduzir em palavras com facilidade.
Perceber a música, ou as músicas que esteja cantarolando, torna-se assim um exercício de autoconhecimento.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A vida seria uma brincadeira de mau gosto?


A vida parece uma brincadeira de mau gosto.
Objetivos são postos a nossa frente para serem perseguidos, como o burro persegue a cenoura.

Doces são expostos na vitrine da loja e a vida fica cheia de opções desejáveis, viáveis ou inviáveis, que anulam ou destroem outras opções igualmente desejáveis.

sábado, 11 de outubro de 2014

Como está sua conta corrente emocional?

Existe um conceito chamado de conta emocional ou coeficiente emocional, que vou expor abaixo para que você possa refletir se ele tem alguma utilidade para você.

Um relacionamento a dois possui uma dinâmica de trocas constante entre os dois envolvidos. Essas trocas são geralmente atos ou palavras, que são dados de um ao outro e que alteram o estado emocional de ambos, principalmente daquele que está recebendo. 

Por sua vez, o receptor é impelido a retribuir.

Uma palavras de afeto, de carinho, de amizade, vai contribuindo para o crescimento do crédito positivo da conta emocional relacional. Infelizmente, nem sempre ocorre um depósito nessa conta. Há momentos em que ocorrem retiradas.

Algumas retiradas das quais me lembro agora são agressões físicas, psicológicas ou verbais. Cobrança demasiada ou indevida de supostos deveres ou atividades, principalmente da que não se quer fazer mas quer que o outro faça. Falta de paciência para prestar atenção ao que o outro fala, aos seus anseios e ao que está acontecendo com o parceiro fora do lar.

Nessa conta corrente emocional, tudo bem se em alguns momentos ela estiver negativa, no vermelho. O problema começa a tomar vulto a medida em que a conta fica cada vez mais negativa.
Eu disse que cobrança de atividades era um ponto negativo, isso se não houver uma atitude de liderança por parte daquele que deseja liderar. A atitude de líder é aquela de servir primeiro sem exigir nada em troca, de forma que o sentimento de reciprocidade faça com que o outro também queira te servir, mais ou menos como diz o livro “O monge e o Executivo”.

Filosofia Real

Imagine uma relação que esteja tão no vermelho, que o casal não realize depósitos positivos a muito tempo e que a comunicação se resuma a cobranças ou reclamações. O destino esperado dessa relação será a falta de diálogo para evitar mais discussões, intercaladas com palavrório acalorado, culminando com o fim do relacionamento ou, se existirem motivos com importância maior para “prender” esse casal, seu destino será uma vida confusa vivida por dois estranhos ou inimigos, que dormem juntos.

Apesar de tudo isso ser muito obvio, a tendência de alguém numa relação assim, principalmente por parte daquele que mais débitos cria, é de não entender a sua decisiva participação como causador ou co-causador da ruína de seu relacionamento. Por padrão, cobra-se do outro a culpa que é dele.
O “gastador”, não entende como o seu parceiro não realiza as tarefas que ele “ordena”, sem ter adicionado o mínimo de crédito emocional a sua conta, sem ter pago nada em troca.

Um último ponto a se atentar, é que, embora a conta seja mesmo relacional, cada um dos parceiros possui a sua própria conta e realiza automaticamente seus próprios cálculos, conforme suas forças e capacidades de suportar e conforme se considere mais ou menos vítima.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ninguém vai defender o seu castelo por você


    Lendo um trecho de Zaratustra, relembrei o quanto é bom ser sozinho no tocante aos ideais e paradigmas, depois que você se acostuma com a ideia e passa a perceber o que isso realmente significa.

    São as pessoas ideologicamente fortes que mudam o mundo, são as pessoas ideologicamente sozinhas que saem do meio da escuridão da caverna para contemplarem o sol.

    Somos todos fortalezas quando somos forçados a contemplarmos a solidão ideológica. Essa fortaleza é mais forte, quanto mais forte forem às confirmações que façamos a nós mesmos, e se enfraquece, quando buscamos a aprovação, o apoio e a misericórdia de quem nunca ao menos chegou a pensar sobre o assunto em nenhum momento de sua pobre e miserável vida.

    Como o leão que se impõe apenas por ser o que é, sem reino, sem desejar demonstrar aos outros o quanto é o que quer que seja, sem buscar de aceitação de indivíduos que o não conhece. Como leões, águias, tubarões, somos o que somos e não precisamos de aprovação para sermos o que somos. Quando sabemos que somos o que devemos ser, não mais importam as opiniões. Que outros sejam os fracos.

    Porém, quando a fortaleza baixa a guarda e demonstra fraqueza, querendo a compreensão de aliados, esses mesmos aliados, que antes o viam como ponto de força, se ressentem e buscam outros aliados, mais poderosos, pois também eles buscavam no outro a força que ainda não encontraram si mesmo.

    Quando o soberano enfim, percebe o que antes não podia conceber, que os fracos nunca são aliados e que seu reino depende de sua própria energia, levanta a ponte levadiça e predispõe seus atiradores nas torres e muralhas. Está preparado para a guerra, mas não está em guerra declarada. Busca descobrir todos os espiões psicológicos presentes em sua própria corte, subúrbios e vielas; e os perdoa, aceita e convence a se juntarem a ele e trabalhar em conjunto por benefícios que a todos felicita.

    O soberano sabe não faz sozinho todo um reino, por isso convida os habitantes desconhecidos a se apresentarem, leva luz, ilumina o seu subconsciente, tornando todo o reino iluminado, e faz bom uso de suas fraquezas, bem como de suas forças. É como um pai generoso, e não ignora seus súditos, filhos de sua própria terra.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Refletir é perder a paz, uma vida sem reflexão é uma vida de paz e aceitação


Nos últimos dias tenho tido íntimos questionamentos filosóficos, vindo de fora e de dentro.
Faço questão de ser tão claro como o leitor mais convencional  gostaria que eu fosse, então me desculpem os que não entenderem.


Refletir é perder a paz, uma vida sem reflexão é uma vida de paz e aceitação. "uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida" Sócrates, já diria o filósofo.

As reflexões que nos levam a escolhas são aquelas que nos tiram a paz. Quanto mais difícil à escolha maior estresse emocional.

Ninguém deveria, por força de medo, convenções, família ou atribuições religiosas, abrir mão da possibilidade de refletir, embora isso possa ser doloroso.

Existe uma comodidade em não pensar. Na maioria das vezes as pessoas pensam por nós, pois somos um ser gregário, coletivo, que praticamente não existe como indivíduo, mas sim como um ser social, fruto de preconceitos, dogmas, costumes. Sei que a maioria não concordará com isso, mas reflitam bem. Em grande parte, o homem realmente é fruto do meio. “O homem nasce puro e a sociedade o corrompe.” Voltaire
Mesmo quando abrimos mão de pensar, não necessariamente agimos da maneira mais correta. Os extremistas religiosos são a prova disso.

Voltando que foi dito, sobre as reflexões que nos tiram a paz, elas podem ser verdadeiramente complexas quando envolvem coisas como: Mudar de país e consequentemente de vida, abandonar um emprego público para abrir uma empresa, sair de um relacionamento, trocar a família por um amor, abandonar a religião, deixar a faculdade antes de concluir, etc.

Atos que nos fazem transpor um limiar, que nos fazem passar por experiências novas tão amedrontadoras, podem ser negados simplesmente ignorados, pois podemos abrir mão de refletir e deixar as coisas como estão com medo da dor causada pela futura escolha.

Existe, porém, o conceito de custo da oportunidade, que nos diz que algo novo pode ser melhor quando suplanta o antigo. No caso, por exemplo, de largar o emprego ou os estudos para abrir uma empresa, o que se pode ganhar poderá ser tão superior ao que está sendo deixado, que talvez valha a pena. Como exemplo, Bill Gates, preferiu se dedicar a sua empresa do que terminar a faculdade e perder oportunidades.
Mas e quando a questão se torna emocional? Como poderia ser medido o custo de oportunidade?

E quando a questão está relacionada aos paradigmas, as crenças que temos, as certezas que teremos que derrubar?

Bom, uma questão filosófica para a qual eu não tenho respostas e gostaria que você o leitor comentasse.