terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A Máscara Social

A Máscara Social
Rir do que não tem graça, ser pueril, se importar com o que não tem importância, seguir cegamente ideologias que nos escravizam, fingir se importar com o que não se importa, condição essencial da vida social, colocar a persona, a mascara e ser o que não é para o que o que você é não seja o inapropriado socialmente. Fazendo trocadilho com o “ser ou não ser” de Shakespeare lançamos o “ser O não ser”, ou ser um misantropo como Heráclito de Éfeso ou Rousseau no fim da vida e muitos outros homem que ousaram pensar.

Quisera eu descobrir o segredo de Demócrito de Abdera, o filósofo que ri, e de sua alegria.


O “socialmente apropriado”:

Ri-se de brincadeiras e piadinhas idiotas e preconceituosas de um grupo.
Importa-se com eventos esportivos e bandas musicais verdadeiramente sem importância.
Segue a ideologia do torcedor do futebol que nos segrega dentro de uma mesma casa, nos escravizando a razão. Veja bem, se você se irritou e se colocou como defensor do ato de torcer por times de futebol está contaminado por essa ideologia.

E o ato socialmente apropriado menos destruidor, mais tolerável. Fingimos que nos alegramos com conquistas que alguém que não é importante para nós realiza e nos conta alegremente. Vá lá, essa eu tenho que aceitar, se é mesmo conquista, a humanidade precisa de conquistas e toda conquista humana deveria ser comemorada, se for uma conquista justa. Essa minha ação deliberada poderá dar surgimento posteriormente a uma virtude.

As anteriores, ao contrário, um dia serão abolidas, nada de piadinhas idiotas, de mal gosto e preconceituosas, nada de ridícula devoção a times de futebol e artistas famosos, vamos largar nossa adolescência e adorar a sabedoria, as virtudes e o bem comum, vamos nos alegrar com as conquistas alheias como se fossem nossas, valorizar o que deve ser valorizado e avançaremos muito mais do que avançamos nos séculos XIX e posteriores, vamos avançar moralmente.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Lições da Vida


Quais lições podemos tirar das situações da vida?




Pensando hoje sobre isso, algumas ideias vieram à cabeça.
A primeira é que quanto mais insolúvel o problema maior a lição que ele proporciona.
A segunda, é que qualquer que seja o problema, não devemos olhar apenas por um ângulo, nem analisar apenas uma solução, pois corremos o risco de não nos permitir escolher o melhor, e o melhor, nem sempre seria o socialmente mais adequado.

Basta lembrarmos que as mudanças sociais só ocorreram e ainda ocorrerão, devido a pessoas que ousaram mudar.

Não vou discorrer sobre o certo e o errado aqui, talvez sejamos míopes demais para conseguir enxergar o que é certo enquanto estamos dentro do problema, ainda assim, devemos aprender alguma coisa com a situação para que ela não tenha sido em vão, e para que a situação não represente apenas uma catástrofe em nossa vida. Busquemos significado em todas as situações profundas pelas quais tenhamos que passar.

Em alguns momentos, acreditamos que a resposta correta, é seguir o social, o que a sociedade espera de nós, mas já imaginou se for o contrário disso? Se o Universo espera de nós que ao invés de seguir a manada, acordemos e nos tornemos os donos dos nossos destinos? Realmente, é impossível saber o que é o correto, por isso, até com os fracassos devemos tentar enxergar os pontos de aprendizado.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Substância Primordial


O ser humano individualmente não se torna humano, somos seres sociais, fruto de nossas relações com o meio e as pessoas, algo muito falado entre diversos filósofos e que eu acredito, realmente.

Dessa iteração, surge o progresso, advindo da mudança. Como substâncias colocadas juntas, tendemos a nos misturar e a absorver algo do outro em nossas entranhas, nos transformando de maneira irreversível, queiramos ou não, saibamos ou não, assim como nós, por nossa vez, transformamos aqueles que estão em contado conosco e, quanto mais direto seja essa contato, mais transformamos essas pessoas.

Entendendo que a mudança é inevitável, pensemos nos pontos positivos da mesma. Se hoje somos o que somos, isso se deve ao que absorvemos das milhares de pessoas que cruzaram nossos caminhos, e principalmente daqueles com quem mais convivemos, dos livros que lemos, dos filmes que vimos, das informações e obtivemos.

Além das informações, também fomos tocados (transformados) por sentimentos, e possivelmente, muito mais transformados por sentimentos que foram despertados a partir de ações de outras pessoas.


A importância do outro em nosso auto descobrimento.

Um aspecto muito relevante a se levar em conta é o papel revelador que o outro tem em nossa vida. Quando conversamos com o outro, somos forçados a ordenar nossos pensamentos de forma a aprendermos e identificarmos o que sabemos e o que acreditamos, claro, quando existe uma conversa que não fique apenas na superfície.

Algumas iterações que se aprofundam, também nos auxiliam a perceber aspectos ocultos de nossa personalidade, positivos ou negativos, mesmo as sombras Freudianas, que intentamos esconder de nós mesmos, nosso lado mais sombrio.

Quanto mais fundo uma relação te fizer se conhecer, inclusive suas sombras, mais rica ela será.


Raridade das boas relações.

Existem relações onde você apenas ouve, algumas que são apenas mecânicas, do dia a dia, e outras onde você fala e ensina e outras onde você aprende. Talvez existam diversas gradações.

Geralmente as relações não vão além da troca de recados, de coisas a fazer, de trabalhos a se concluir, de visitas sociais.

“Encontra alguém com quem se pode conversar é tão raro... Geralmente as pessoas só falam.” Clarisse Lispector

Ao falar sobre o que pensa, você cresce, à medida que te ajuda a se conhecer e conhecer o que você pensa, mas se quer crescer além do que você é, é importante que se relacione com pessoas que podem trazer algo novo.

Quero te fazer um convite. Pense nas seis pessoas com quem você mais convive.

Sobre essas relações, quais são aquelas que te ajudam a crescer, onde você além de instrutor é também aluno, onde além de ensinar, você aprender, onde você cresce e fica mais rico em algum sentido.
Agora, deixe seu comentário, me diga o quão raras elas são e, se não forem raras para você, aproveite pois as coisas mudam, as pessoas mudam, as pessoas se mudam e elas podem se tornar raras.

Sobre a falta de padrão.

As pessoas socioculturalmente mais desconexas são muitas vezes aquelas que possuem o maior conteúdo, veja Espinosa e Nietzsche, por exemplo, ousando falar sobre uma moral diferente da moral vigente, a quebrar paradigmas.


Pessoas, ou coisas?

Quando olhamos para pessoas e enxergamos padrões, não estamos olhando para pessoas, estamos olhando para coisas, numa relação eu-isso (Martin Buber), que embora seja necessária não deveria ser preponderante entre seres humanos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Pensamento de Espinoza- prof. João Luiz Muzinatti

Café Filosófico com o prof. João Luiz Muzinatti sobre O Pensamento de Espinoza Algumas ideias do vídeo que parece que existem.

  • Somos modos (modificações) da natureza
  • Somos afetados por todos com quem nos relacionamos
  • Encontros bons aumentam nosso instinto de vida.
  • Não existe liberdade.
  • Criar uma forma própria de viver.
  • Criar a própria vida é a maior forma de liberdade.
  • Se tornar causa de sua própria natureza
O autor disse que não dá para ser o mesmo depois de ler Espinoza.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Autoconhecimento pela música


A espontaneidade musical que se nota no próprio cantarolar é uma expressão do desejo do subconsciente.
A música nos ajuda a expressar o sentimento que o nosso consciente não é capaz de traduzir em palavras com facilidade.
Perceber a música, ou as músicas que esteja cantarolando, torna-se assim um exercício de autoconhecimento.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A vida seria uma brincadeira de mau gosto?


A vida parece uma brincadeira de mau gosto.
Objetivos são postos a nossa frente para serem perseguidos, como o burro persegue a cenoura.

Doces são expostos na vitrine da loja e a vida fica cheia de opções desejáveis, viáveis ou inviáveis, que anulam ou destroem outras opções igualmente desejáveis.

sábado, 11 de outubro de 2014

Como está sua conta corrente emocional?

Existe um conceito chamado de conta emocional ou coeficiente emocional, que vou expor abaixo para que você possa refletir se ele tem alguma utilidade para você.

Um relacionamento a dois possui uma dinâmica de trocas constante entre os dois envolvidos. Essas trocas são geralmente atos ou palavras, que são dados de um ao outro e que alteram o estado emocional de ambos, principalmente daquele que está recebendo. 

Por sua vez, o receptor é impelido a retribuir.

Uma palavras de afeto, de carinho, de amizade, vai contribuindo para o crescimento do crédito positivo da conta emocional relacional. Infelizmente, nem sempre ocorre um depósito nessa conta. Há momentos em que ocorrem retiradas.

Algumas retiradas das quais me lembro agora são agressões físicas, psicológicas ou verbais. Cobrança demasiada ou indevida de supostos deveres ou atividades, principalmente da que não se quer fazer mas quer que o outro faça. Falta de paciência para prestar atenção ao que o outro fala, aos seus anseios e ao que está acontecendo com o parceiro fora do lar.

Nessa conta corrente emocional, tudo bem se em alguns momentos ela estiver negativa, no vermelho. O problema começa a tomar vulto a medida em que a conta fica cada vez mais negativa.
Eu disse que cobrança de atividades era um ponto negativo, isso se não houver uma atitude de liderança por parte daquele que deseja liderar. A atitude de líder é aquela de servir primeiro sem exigir nada em troca, de forma que o sentimento de reciprocidade faça com que o outro também queira te servir, mais ou menos como diz o livro “O monge e o Executivo”.

Filosofia Real

Imagine uma relação que esteja tão no vermelho, que o casal não realize depósitos positivos a muito tempo e que a comunicação se resuma a cobranças ou reclamações. O destino esperado dessa relação será a falta de diálogo para evitar mais discussões, intercaladas com palavrório acalorado, culminando com o fim do relacionamento ou, se existirem motivos com importância maior para “prender” esse casal, seu destino será uma vida confusa vivida por dois estranhos ou inimigos, que dormem juntos.

Apesar de tudo isso ser muito obvio, a tendência de alguém numa relação assim, principalmente por parte daquele que mais débitos cria, é de não entender a sua decisiva participação como causador ou co-causador da ruína de seu relacionamento. Por padrão, cobra-se do outro a culpa que é dele.
O “gastador”, não entende como o seu parceiro não realiza as tarefas que ele “ordena”, sem ter adicionado o mínimo de crédito emocional a sua conta, sem ter pago nada em troca.

Um último ponto a se atentar, é que, embora a conta seja mesmo relacional, cada um dos parceiros possui a sua própria conta e realiza automaticamente seus próprios cálculos, conforme suas forças e capacidades de suportar e conforme se considere mais ou menos vítima.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ninguém vai defender o seu castelo por você


    Lendo um trecho de Zaratustra, relembrei o quanto é bom ser sozinho no tocante aos ideais e paradigmas, depois que você se acostuma com a ideia e passa a perceber o que isso realmente significa.

    São as pessoas ideologicamente fortes que mudam o mundo, são as pessoas ideologicamente sozinhas que saem do meio da escuridão da caverna para contemplarem o sol.

    Somos todos fortalezas quando somos forçados a contemplarmos a solidão ideológica. Essa fortaleza é mais forte, quanto mais forte forem às confirmações que façamos a nós mesmos, e se enfraquece, quando buscamos a aprovação, o apoio e a misericórdia de quem nunca ao menos chegou a pensar sobre o assunto em nenhum momento de sua pobre e miserável vida.

    Como o leão que se impõe apenas por ser o que é, sem reino, sem desejar demonstrar aos outros o quanto é o que quer que seja, sem buscar de aceitação de indivíduos que o não conhece. Como leões, águias, tubarões, somos o que somos e não precisamos de aprovação para sermos o que somos. Quando sabemos que somos o que devemos ser, não mais importam as opiniões. Que outros sejam os fracos.

    Porém, quando a fortaleza baixa a guarda e demonstra fraqueza, querendo a compreensão de aliados, esses mesmos aliados, que antes o viam como ponto de força, se ressentem e buscam outros aliados, mais poderosos, pois também eles buscavam no outro a força que ainda não encontraram si mesmo.

    Quando o soberano enfim, percebe o que antes não podia conceber, que os fracos nunca são aliados e que seu reino depende de sua própria energia, levanta a ponte levadiça e predispõe seus atiradores nas torres e muralhas. Está preparado para a guerra, mas não está em guerra declarada. Busca descobrir todos os espiões psicológicos presentes em sua própria corte, subúrbios e vielas; e os perdoa, aceita e convence a se juntarem a ele e trabalhar em conjunto por benefícios que a todos felicita.

    O soberano sabe não faz sozinho todo um reino, por isso convida os habitantes desconhecidos a se apresentarem, leva luz, ilumina o seu subconsciente, tornando todo o reino iluminado, e faz bom uso de suas fraquezas, bem como de suas forças. É como um pai generoso, e não ignora seus súditos, filhos de sua própria terra.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Refletir é perder a paz, uma vida sem reflexão é uma vida de paz e aceitação


Nos últimos dias tenho tido íntimos questionamentos filosóficos, vindo de fora e de dentro.
Faço questão de ser tão claro como o leitor mais convencional  gostaria que eu fosse, então me desculpem os que não entenderem.


Refletir é perder a paz, uma vida sem reflexão é uma vida de paz e aceitação. "uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida" Sócrates, já diria o filósofo.

As reflexões que nos levam a escolhas são aquelas que nos tiram a paz. Quanto mais difícil à escolha maior estresse emocional.

Ninguém deveria, por força de medo, convenções, família ou atribuições religiosas, abrir mão da possibilidade de refletir, embora isso possa ser doloroso.

Existe uma comodidade em não pensar. Na maioria das vezes as pessoas pensam por nós, pois somos um ser gregário, coletivo, que praticamente não existe como indivíduo, mas sim como um ser social, fruto de preconceitos, dogmas, costumes. Sei que a maioria não concordará com isso, mas reflitam bem. Em grande parte, o homem realmente é fruto do meio. “O homem nasce puro e a sociedade o corrompe.” Voltaire
Mesmo quando abrimos mão de pensar, não necessariamente agimos da maneira mais correta. Os extremistas religiosos são a prova disso.

Voltando que foi dito, sobre as reflexões que nos tiram a paz, elas podem ser verdadeiramente complexas quando envolvem coisas como: Mudar de país e consequentemente de vida, abandonar um emprego público para abrir uma empresa, sair de um relacionamento, trocar a família por um amor, abandonar a religião, deixar a faculdade antes de concluir, etc.

Atos que nos fazem transpor um limiar, que nos fazem passar por experiências novas tão amedrontadoras, podem ser negados simplesmente ignorados, pois podemos abrir mão de refletir e deixar as coisas como estão com medo da dor causada pela futura escolha.

Existe, porém, o conceito de custo da oportunidade, que nos diz que algo novo pode ser melhor quando suplanta o antigo. No caso, por exemplo, de largar o emprego ou os estudos para abrir uma empresa, o que se pode ganhar poderá ser tão superior ao que está sendo deixado, que talvez valha a pena. Como exemplo, Bill Gates, preferiu se dedicar a sua empresa do que terminar a faculdade e perder oportunidades.
Mas e quando a questão se torna emocional? Como poderia ser medido o custo de oportunidade?

E quando a questão está relacionada aos paradigmas, as crenças que temos, as certezas que teremos que derrubar?

Bom, uma questão filosófica para a qual eu não tenho respostas e gostaria que você o leitor comentasse.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Exigências do pensamento crítico

Exigências do pensamento crítico
O pensamento crítico exige a obtenção de informação e análise. Quando sua informação é confrontada com as informações de outras pessoas você tem a chance de crescer, sua informação evoluirá quando descobrir que há outras melhores ou complementares a sua, assim como ocorre com a ciência. É importante estar disposto a mudar de opinião quando houver uma opinião verdadeiramente boa e você somente conseguirá isso se não se agarrar a sua opinião como fazem os torcedores de um time de futebol. Como diria Nietzsche: “Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse”.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Vídeo Filosofia Prática

Ao ajudar o mundo ajudo a mim mesmo, ao prejudicar, promovo minha própria ruína.

Primeiras ideias sobre o que é importante e pode ser compreendido e colocado em prática no coletivo.
Acesse o texto em que se baseia o vídeo http://eidosdequalidade.blogspot.com.br/2013/11/ao-ajudar-o-mundo-ajudo-mim-mesmo-ao.html